Olá irmaos,
Com alegria repasso-lhes esta matéria sobre nossa
grande batalhadora no Congresso Nacional na luta pelos direitos e a vida dos
indígenas, pelas missões evangélicas e pela manutenção dos princípios cristãos
em nosso país. Vamos sempre lembrar de orar por
ela, pois enfrenta grande embate diariamente ali.
Onésimo
Elas por todosO voluntariado é uma das áreas nas quais as mulheres são mais
atuantes. Contamos a história de três pessoas dedicadas a causas
diversasPublicação: 04/03/2012
08:00 Atualização: 01/03/2012
19:20
[...]
Paixão
indígena
Não
eram nem 19h da última segunda-feira quando a advogada Damares Alves recebeu uma
ligação desesperada. Uma índia suplicava ajuda na rodoviária do Plano Piloto.
Carregava a filha de 4 anos em um cesto agarrado às costas. Escondida de sua
tribo, esperava que Damares acolhesse a criança, que vivera dentro do cesto
desde o dia em que veio ao mundo. Não fosse a coragem da mãe, teria sido morta
logo após o nascimento. A tradição de sua tribo, que rege também outras 40
etnias pelo Brasil, a obrigaria a ceifar a vida da menina, por ser filha de mãe
solteira. Por causa dos anos escondidas no cesto, mal mexia os bracinhos. Foi
recebida e levada para um hospital.
Não
foi por acaso que o celular de Damares tocou no dia anterior à entrevista.
Quando menina, ela teve o sonho de que trabalharia com crianças indígenas. Seus
pais, que acolhiam idosos em casa, sempre a incentivaram a dedicar parte de seu
tempo ao próximo. Com a ideia de focar seu trabalho nas tribos brasileiras,
escreveu aos 16 anos cartas para instituições nacionais que ofereciam cursos na
área de linguística. Recebeu como resposta de todas que seria bem-vinda, desde
que bancasse os estudos. Sem dinheiro, colocou o sonho em stand by e foi
trabalhar com realidades mais próximas. Ainda adolescente, estava nas ruas
ajudando crianças carentes e usuárias de drogas em Aracaju, onde vivia. Dormiu
nas ruas, entrou no camburão e desacatou policiais em defesa dos menores. “Eram
meninos de essência boa. Precisavam de oportunidades. E eu, na minha inocência,
não via o perigo de estar ao lado deles durante a madrugada. Achava que ao meu
lado, ninguém os exterminaria.” Anos depois se mudou para São Carlos e lá
começou a trabalhar com usuários de drogas de diversas classes sociais, enquanto
cursava direito.
Como
advogada, recebeu um convite para trabalhar como consultora parlamentar em
Brasília. E foi em um dia comum do trabalho que viu entrar cinco homens de terno
pela porta do gabinete. Eram os presidentes das cinco instituições de
linguística que procurou quando adolescente. Queriam uma intervenção política
para manter as equipes de pesquisa dentro das tribos. Daí em diante se apaixonou
pela causa. Entrou nas aldeias, deu voz e ouvidos às suas reivindicações. No fim
dos anos 1990, levantou junto ao Congresso a questão do infanticídio nas
aldeias. A partir daí, se tornou conhecida por salvar crianças que seriam mortas
por motivos diversos: gêmeos, deficientes, filhos de mãe solteiras, primogênitas
mulheres . É ela a redatora da Lei Muwaji, que visa proteger crianças indígenas
rejeitadas pela tribo. O nome é uma homenagem a uma índia Suruwahá que abandonou
seu povo para salvar a filha deficiente, com paralisia cerebral.
A
filha adotiva da advogada foi resgatada em uma tribo. Quando bebê foi abandonada
pela mãe na floresta. Era a terceira filha do casal, que ainda não havia
conseguido um filho homem. Foi achada por outra família, que a criou em
condições precárias. Aos 6 anos, a menina, que passava os dias ralando mandioca
e era proibida de brincar com as outras crianças da tribo, estava desnutrida,
desidratada e tinha um problema na arcada dentária que deixava sua boca torta.
Damares pediu à família de criação que deixassem levar a menina para que
recebesse tratamento adequado. Seis meses depois, vieram buscar a menina e, ao
verem-na usando aparelhos ortodônticos, a recusaram. Desde então, ela vive com
Damares. Estuda em um a escola pública e faz tudo o que meninas da cidade grande
fazem. Os pais, no entanto, querem que ela estude e volte para a casa. Damares
concorda. Com a educação que recebeu, ela se tornará uma porta-voz do seu
povo.
“Assim
como muitas famílias amigas me tornei uma acolhedora porque quando essas
crianças chegam para tratamento nem sempre têm onde ficar. Elas estão com o
psicológico muito abalado. Se não estivessem aqui, estariam mortas.
Provavelmente, enterradas vivas. Luto por essa segunda chance. Pelo direito à
vida”, frisa a advogada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário