1º Concurso de Pipas da Igreja Batista Livre do Ipiranga

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sexta-feira, 25 de março de 2011

DESGRAÇA DA GRAÇA



Estou postando essa materia do meu amigo pessoal Eneias, pois acho oportuno nesse momento, que algumas pessoas entendam o que alguns pseudo cristaos estao fazendo com o mal uso do que ELES chamam de graça,e que nós chamamos de GRAÇA BARATA,ou, DESGRAÇA DA GRAÇA..

DESGRAÇA DA GRAÇA: No Evangelicalismo brasileiro estamos superando o antigo legalismo das obras que afetava diretamente nossa pobre compreensão da doutrina da graça. Livros produzidos no Evangelicalismo Norte americano, trouxeram contribuições significativas para nossa reflexão desta doutrina, para citar os mais influentes : Maravilhosa graça, Philip Yancey; O despertar da graça, Charles Swindoll - que na década de 90 foi útil para minha libertação do legalismo denominacional, no contexto tupiniquim - e É proibido, Ricardo Gondim. Os mais influentes recentemente em nosso contexto talvez sejam: Enigma da graça, Sem barganhas com Deus (ambos de Caio Fábio).

Entretanto, com a superação do antigo legalismo parece que criamos um tipo de legalismo oposto, que pode também ser chamado de legalismo da graça, no qual a mente legalista diz trilhar algo completamente oposto ao que eu chamaria de CAMINHO DA GRAÇA... No caminho da graça, parece que está se desencadeando uma espécie de graça barata, como diria Bonhoeffer, uma graça que nega o preço da salvação, que custou a vida do filho de Deus, uma graça que justifica o pecado, mas não o pecador. Uma graça que não passa de uma confissão dogmática e nada mais, na qual tudo é permitido em nome do amor! E nada pode ser feito com negação do eu! Em que se faz rigorosamente uma distinção de santidade e moralismo, mas não se menciona que consequentemente a santidade tende a afetar a moralidade.

Neste novo entendimento da graça, Paulo se tornou a grande vítima nas mãos daqueles que dizem ter uma compreensão diferenciada de uma doutrina mal compreendida na história do cristianismo. Mas todos aqueles que dizem ter uma compreensão diferenciada desta doutrina são culpados por distorcê-la (F.F.Bruce) à luz da hermenêutica da conveniência. Paulo precisa ser liberto da culpa de termos hoje nas comunidades locais em todo Brasil, pessoas que voltaram a fazer uso de drogas (e si tornaram dependentes), além de alimentarem o tráfico e outras implicações decorrentes disto, simplesmente porque estas são usadas entres os indígenas dentro de um contexto cultural. Pessoas que defendem abertamente um comportamento promiscuo em nome da nova compreensão da graça, na qual a sexualidade é banalizada e sexo é feito sem compromisso, negando o legado da fé cristã (claro, sem o viés católico).

Tal compreensão da graça nada tem de novo, pois a partir de qualquer reflexão exegética que se faça de 1 Corintios 8:1 ao 11:1 compreenderemos que o slogan citado por Paulo: 'Todas as coisas me são licitas', é fala daqueles que dentro do cristianismo primitivo distorciam a liberdade em Cristo tornando-se causa de tropeço para os mais fracos na fé e pecando diretamente contra aquele que morreu por todos. Para os adeptos da graça barata o cerne da vida cristã gira em torno da quebra de tabus e não em torno de ser parecido com Cristo...Na tentativa de ressaltar suas liberdades si tornaram escravos dela , esquecendo que graça pregada por Paulo ao mesmo tempo que fazia dele o homem mais livre de todos, também escravo de todos ( Lutero). O relativismo com a comunidade da fé é demonstrado com a falta de transcedência na comunhão dos santos, onde abandona-se as reuniões em torno do Cristo para ver jogos de futebol e todas as demandas sociais são colocadas à frente do compromisso com a comunidade da fé, esquecendo-se que o próprio Jesus disse não para família biológica, porque era hora da família de Deus...

Jesus fez um grande milagre ao transformar água em vinho, entretanto com o discurso da graça, está sendo realizado um milagre ainda maior na pregação do Evangelho: estão transformando vinho em água! Creio na graça decorrente do Evangelho e não na DESGRAÇA DA GRAÇA, que tirou todo o seu encanto e paradoxo no discipulado. Como diria Stott, o equilíbrio não está em um extremo nem no outro, mas em ambos os extremos.


Para reflexão:

Existe um certo medo dentro do protestantismo-evangélico da ideia da conquista da salvação por méritos próprios, isto levou á ideia de que o cristianismo é uma religião preocupada somente com aquilo que cremos/ pensamos, e não com o que somos... Klyne Snodgrass

Enéas Alixandrino é comerciante em Belo Horizonte, dono da livraria crista TABERNACULUM E CONSULTOR DE LITERATURA CRISTA.

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